Em busca de mais material informativo para você, caro visitante, encontrei esta materia que trata de um assunto que ao meu ver é de suprema importancia para qualquer investidor, por este motivo coloco abaixo a materia realizada pela Expomoney com os seus respectivos créditos e links para acesso direto.
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Parte1
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Parte2
Mini-Contratos Futuros
O Mercado de Futuros ainda é pouco conhecido e explorado pelo investidor individual, mas essa realidade vem mudando com os mini-contratos. Conheça um pouco mais como funciona essa opção de investimento.
Por Cristiane Moraes
O Mercado de Futuros é considerado uma alternativa de investimento avançada, segundo especialistas do mercado. Por isso, eles costumam indicá-la somente para o investidor individual com mais experiência no mundo de investimentos. Isso porque para ingressar nessa modalidade o investidor precisa estar preparado financeiramente e psicologicamente.
Para que você entenda melhor, um contrato futuro é uma obrigação de compra ou venda de um determinado contrato. No caso dos Mini-Contratos pode ser de Índice Bovespa Futuro, Dólar, Boi Gordo ou Café. Alguns contratos com vencimento mensal e outros a cada dois meses.
Segundo Antonio Domiciano da Flow Corretora, o grande diferencial do mini-contrato é o valor reduzido, em relação ao contrato normal. Ele é cinco vezes menor do que um contrato padrão, e por isso, possibilita que o investidor pessoa física também participe desse mercado.
Abaixo você confere um pequeno exemplo de Mini-Contrato Índice Bovespa Futuro, atualmente o mais negociado:
a) A Bolsa cai!
Você compra (1) mini-contrato de Índice Bovespa Futuro com vencimento 18/04/2007 por 45.000 pontos - cada ponto a R$ 0,20, totalizando R$ 9.000,00. Se a bolsa cair para 44.000 pontos, o contrato que valia R$ 9.000,00 passa a valer R$ 8.800,00. Você teve um prejuízo de R$ 200,00.
b) A Bolsa sobe!
Por outro lado, se você compra (1) mini-contrato de Índice Bovespa Futuro com vencimento 18/04/2007 por 40.000 pontos – cada ponto a R$ 0,20, o contrato vale R$ 8.000,00. Se a bolsa subir para 42.000 pontos, ele passa a valer R$ 8.400,00. Você ganhou R$ 400,00.
No Mercado Futuro o impacto da perda ou ganho é imediato e diário. “O investidor sente na pele, ou melhor, no bolso, quando uma estratégia dá errada”, explica Domiciano. Na Bolsa de Valores isso não acontece porque o investidor compra as ações e se elas caem o patrimônio dele passa a valer menos, mas ele já desembolsou todo o investimento e o efeito psicológico da perda é menor.
Uma das possibilidades que o contrato futuro oferece é a avalancagem. “É o que eu costumo chamar da maravilha da alavancagem, sabendo usar, ou a maldição da alavancagem”, acentua o especialista.
Isso quer dizer, que na compra do mini-contrato do Índice Bovespa Futuro a 45.000 pontos, como no exemplo acima, o investidor não precisa depositar o valor total do contrato, que é R$ 9.000,00. Só será necessário depositar uma margem, que é cerca de 12% (+/- R$ 1.000.00) do ativo negociado. Esse é o único volume financeiro do investidor, que pode ser em dinheiro, ações, títulos públicos ou CDB.
Maravilha da Alavancagem
O investidor compra (1) mini-contrato a 40.000 pontos (R$ 0,20 cada ponto) e a Bolsa sobe para 42.000 pontos. Ele ganhou 2.000 pontos, ou seja, R$ 400,00. Uma alta de 5% na Bolsa possibilitou um ganho de praticamente 40% do patrimônio inicialmente colocado como margem. Essa é a maravilha da alavancagem, que possibilita que o investidor, com um capital menor, possa ampliar os ganhos.
Maldição da Alavancagem
O investidor compra um mini-contrato a 45.000 pontos (R$ 0,20 cada ponto) e a Bolsa cai para 40.000 pontos. Ele perdeu R$ 1.000,00, ou seja, uma queda de praticamente 10% na Bolsa acabou com o dinheiro que ele tinha investido, ou seja, a margem de R$ 1.100,00. Essa pode ser a maldição da alavancagem.
Na opinião de Domiciano o mercado de futuros da BM&F ainda é pouco conhecido pelo investidor individual e pouco explorado por quem quer diversificar os investimentos. Mas para ele essa realidade vem mudando. “Acreditamos que em um curto espaço de tempo o volume de mini-contratos negociados vai crescer drasticamente”, argumenta.
Segundo ele, em um ano o número de negócios aumentou 10 vezes. Saltou de 6 mil para 60 mil mini-contratos dia. “Com base no crescimento de mercado, acredito que dentro de dois anos estaremos negociando cerca de 300 mil mini-contratos dia”, acrescenta.
Porém, é um mercado que o investidor tem que tomar cuidado e fazer uso de stops (tanto de ganho, como de perda). “O ideal é começar pequeno, com um ou dois contratos. Desta forma, você opera de uma forma comedida e aprende sobre como funciona o mercado de futuro”, aconselha.
Mini-Contratos Futuros II
Na matéria anterior falamos sobre mini-contratos futuros, quais os tipos, prazos, valores, e foi apontado que essa opção é indicada para o investidor de conhecimento mais avançado. Agora vamos aprofundar o assunto e mostrar como funciona essa operação.
Por Cristiane Moraes
Para ajudar a descobrir as nuances desse investimento conversamos com o especialista em mini-contratos futuros Luiz Alexandre Sanda, da FDR Corretora. Segundo ele, para ingressar nesse mercado primeiro o investidor precisa de disponibilidade de tempo, já que a operação demanda conhecimento e acompanhamento diário do mercado. Na opinião de Sanda, os profissionais liberais, que possuem uma maior flexibilidade de horário costumam se adaptar bem a esse tipo de operação.
Mesmo assim, para operar no mercado futuro, o investidor além de informação deve estar bem preparado psicologicamente. “Conheço muitas pessoas experts no assunto, que dominam a teoria, mas na prática não operam no mercado futuro por ter aversão a riscos. O investidor do Mercado Futuro deve tolerar o risco e saber aceitar as perdas que podem acontecer”, acentua Sanda.
Existem quatro tipos de mini-contratos futuros: Índice Bovespa, Dólar, Boi e Café. Os mais negociados atualmente e que possuem liquidez são o Índice e o Dólar, nessa ordem. Um aspecto muito interessante do Mercado Futuros é o conceito de vender sem ter comprado. Veja abaixo um exemplo que ajuda a entender essa questão.
Mini-Contrato Dólar Futuro
Vendendo
Inicialmente para operar será preciso depositar uma pré-margem de R$ 1.110,00. No caso do Dólar Futuro, cada mini-contrato vale US$ 5.000,00. A partir desse momento você está apto a operar. Vamos dizer que no dia 02 de abril você decida vender pela cotação de US$ 2,3900. Você se mantém “posicionado” - expressão utilizada no mercado para dizer que continua vendendo a essa cotação. No final do dia é apresentado o ajuste da cotação que fica em US$ 2,3800. Você teve um “crédito” de R$ 50,00 (bruto) porque vendeu acima do valor de ajuste.
No dia 03 de abril você estará vendido a cotação de US$ 2,3800. No decorrer do dia compra um lote a US$ 2,3900, e sai da posição. Só que no final do dia é apresentado o ajuste da cotação que fica em US$ 2,3950. Você comprou maior do que valor de ajuste, portanto teve terá um débito de R$ 25,00. Todos os créditos e débitos são feitos na conta do investidor no dia posterior ao ajuste. Caso você não sai de posição, no dia 30/4, o Ptax, que é o ajuste do dólar pronto, será utilizado para zerar a posição.
Toda a movimentação das operações é realizada via webtrading pelo próprio investidor, que conta com o auxílio e ajuda da corretora, mas tem total autonomia de decisão.
Para Sanda, o mais indicado para quem quer investir no Mercado de Futuros, é iniciar apenas com o acompanhamento do mercado escolhido, durante pelo menos um mês, para perceber a volatilidade. Porque para aprender a usar stops é preciso experiência.
“Sugiro que o investidor iniciante no mercado futuro opere apenas um tipo de mini-contrato. Se optar pelo Dólar Futuro, busque informações, gráficos e acompanhe a realidade do mercado. No Índice Futuro, você vai perceber que a velocidade é muito diferente do mercado de ações. Portanto, tenha bem definido o seu perfil de investidor antes de ingressar nesse mercado ou escolher o tipo de mini-contrato”, esclarece.
Na opinião do especialista, o mini-contrato Dólar Futuro e Índice Futuro tratam-se de uma operação de risco, mas tem as suas vantagens, como a alavancagem e a liquidez. A desvantagem vista por Sanda é o prazo. “Como o contrato tem vencimento, você não pode mantê-lo. Já na Bolsa, se uma ação cai você pode ficar com ela até reverter a situação o que não acontece no Mercado Futuro”, encerra.